Acompanhado da alta cúpula da Suframa, o superintendente da Autarquia, Bosco Saraiva, esteve no Comando Militar da Amazônia (CMA), na manhã desta quinta-feira (19), para receber informações iniciais sobre o projeto “Capacitando Fronteiras do Amazonas”. A iniciativa é do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifam), em parceria com o Exército brasileiro, e objetiva levar energia limpa a comunidades distantes do Estado do Amazonas.
O projeto tem um prazo estipulado de cinco anos e, em princípio, seria implantado na comunidade de Maturacá, localizada na terra indígena Yanomami, em São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), no Alto Rio Negro.
Com o intuito de promover desenvolvimento tecnológico e econômico sustentável com a realização de cursos de formação inicial e continuada de nível médio, formação técnica e pós-graduação, o escopo do projeto prevê também a implantação de uma usina fotovoltaica com plano gerador.
Bosco Saraiva e equipe foram recebidos pelo comandante Militar da Amazônia, general Costa Neves, o reitor do Ifam, Jaime Alves, e por representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O superintendente ressaltou a importância do encontro como forma de materializar a integração entre os órgãos e instituições em torno de um objetivo único que é integrar toda a Amazônia, por meio de ações que levem desenvolvimento às comunidades mais remotas, também no Estado do Amazonas. “Nós estamos com toda a nossa direção da Suframa aqui para manifestar nossa proposta de integração e cooperação. Ficamos no aguardo da apresentação do projeto lá na Autarquia, para que seja analisado pelo nosso corpo técnico e, consequentemente, o Ifam possa levá-lo até as empresas e levantar os recursos necessários para sua execução”, disse Bosco Saraiva.
No escopo do projeto estão previstos cursos como Sistemas de Energia Renováveis, Tecnologia em Fibra Ótica 5G, Automação Industrial, Eletrônica, Meio Ambiente, e Informática.
Além de Manaus, o projeto tem a expectativa de contemplar 12 mil pessoas, com abrangência nos municípios amazonenses de Humaitá, São Gabriel da Cachoeira, Tefé e Tabatinga. A meta é fortalecer as comunidades locais, promover a qualificação da mão de obra regional e o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a sustentabilidade da Amazônia.