Ministério da Saúde lança Caderno de Indicadores da Tuberculose

Brasil está entre os países prioritários para controle da TB, segundo a OMS

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (Dathi/SVSA), lançou, esta semana, a versão preliminar do Caderno de Indicadores da Tuberculose: tuberculose sensível, tuberculose drogarresistente e tratamento preventivo. A ação ocorreu durante 17ª edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).

A publicação foi idealizada para apoiar a gestores de saúde, coordenadores de programas de tuberculose, pesquisadores, organizações da sociedade civil e demais interessados no processo de monitoramento e avaliação das ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas com tuberculose (TB) em curto, médio e longo prazo. O Caderno também visa contribuir com a implementação do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, ou seja, reduzir o número de casos para menos de dez por 100 mil habitantes e limitar o número de óbitos pela doença a menos de 230 ao ano.

O Brasil está em duas listas de países prioritários da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da tuberculose: a de carga da doença e a de coinfecção TB-HIV. Em 2022, foram notificados mais de 81 mil novos casos da doença no país, e um total de 5,5 mil mortes por TB. Para o Ministério da Saúde, os indicadores expressos no Caderno devem ser utilizados para monitorar ações de vigilância e assistência, identificar fragilidades e, com isso, direcionar melhor as intervenções de acordo com as necessidades da população.

Daniele Pelissari, coordenadora-substituta da Coordenação-Geral de Vigilância de Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não Tuberculosas (CGTM/Dathi/SVSA/MS), ressalta a importância da publicação. “Até a publicação do Caderno, não tínhamos – em um único documento – os principais indicadores da tuberculose com as respectivas fontes de dados, padronização e o método de cálculo. Hoje, o uso desse documento pelos estados, municípios, academia, sociedade civil e demais atores interessados, é possível garantir a confiabilidade, a reprodutibilidade e a comparabilidade desses indicadores em diversos cenários espaço-temporais”.

A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, e é transmitida quando pessoas doentes e sem tratamento expelem as bactérias pelo ar. De acordo com Pelissari, embora haja prevenção, diagnóstico e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), existem diversos fatores ambientais, sociais e econômicos que influenciam diretamente na propagação da doença. Considerando este aspecto, foi criado, em abril deste ano, o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds). Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Comitê conta ainda com outras pastas ministeriais e a parceria da sociedade civil na elaboração de respostas multissetoriais para eliminar a tuberculose e outras doenças determinadas socialmente como problemas de saúde pública até 2030.

ExpoEpi

Após um hiato de quatro anos, a Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi) retornou em sua 17ª edição. O evento divulgou as práticas exitosas dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) que se destacaram pelos resultados alcançados em atividades relevantes para a Saúde Pública. A 17ª edição destacou os temas centrais dos 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e os 20 anos da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente

Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis

By Portal Arrasta pra cima

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