Especialista afirma que o uso da profilaxia pós-exposição sexual de risco (PEP) é uma das medidas mais eficazes para prevenir a transmissão desse vírus
Em apoio ao “Dezembro Vermelho”, mês dedicado à conscientização e combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), como o HIV, o vírus causador da AIDS, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio do infectologista Noaldo Lucena, enfatiza a importância do diagnóstico precoce de doenças transmissíveis.
A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV, que compromete o sistema imunológico, sendo transmitida principalmente por relações sexuais desprotegidas, e requer um tratamento adequado e prevenção para controlar sua disseminação.
O médico Noaldo Lucena comenta que a utilização de PrEP para parcerias sorodiferentes e usuários com maior possibilidade de comportamento de risco, o uso da profilaxia pós-exposição sexual de risco (PEP) e, por último e pouco utilizado pela sociedade, os preservativos internos e externos são das medidas mais eficazes para prevenir a transmissão desse vírus.
“As principais formas de prevenção são as vacinações, os diagnósticos precoces, o tratamento de outras ISTs, a disseminação de conhecimento falando-se mais abertamente sobre sexualidade, o tratamento o mais precocemente possível de casos detectados”, orientou o especialista.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a AIDS foi a causa de mais de dez mil óbitos no ano passado. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos.
Importante relembrar que o descobrimento tardio dessa doença, pode incluir a propagação descontrolada, falta de preparação adequada para lidar com ela e consequências negativas para a saúde pública. O infectologista ressalta os benefícios do diagnóstico precoce da doença para a qualidade de vida do paciente.
“A importância, principalmente, está relacionada a algumas coisas, como iniciar o tratamento enquanto se é apenas pessoa vivendo com HIV, evitando assim, passar para uma fase mais avançada, a AIDS, fase mais difícil de tratar em todos os aspectos. O outro motivo é o tratamento precoce e carga viral indetectável, onde entende-se que não transmite o HIV”, afirmou.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Desse total, 650 mil são do sexo masculino e 350 mil do sexo feminino. De acordo com o Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, na análise considerando o sexo atribuído no nascimento, as mulheres apresentam piores desfechos em todas as etapas do cuidado.
De acordo com o infectologista, o incentivo principal para o diagnóstico precoce do HIV é evidente. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhor será a qualidade de vida da pessoa. O especialista também ressalta que o vírus não é uma sentença de morte.
“É importante ressaltar que o diagnóstico de viver com HIV não é mais uma sentença de morte. Estudos mostram que pacientes que realizam o tratamento adequado podem manter uma qualidade de vida e uma expectativa de vida semelhante à de qualquer outra pessoa que vive sem HIV”, finaliza Noaldo Lucena.