O Aedes aegypti utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos. Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos. Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas. É aí que entra o trabalho dos agentes de combate a endemias (ACE).
“Esses profissionais que atuam na linha de frente de combate ao mosquito são treinados e capacitados para detectar riscos de vetores para os próprios residentes e para a comunidade, orientando as famílias e visitando as casas uma a uma. Ninguém quer que a sua residência seja um local de risco. Por isso, é importante abrir as portas para esse serviço de proteção”, ressalta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
Cabe também aos agentes de endemias a tarefa de vistoriar imóveis não residenciais, acompanhado pelo responsável, para identificar locais e objetos que sejam ou possam se transformar em criadouros do mosquito transmissor da dengue. Os profissionais trabalham uniformizados com o colete do órgão de saúde e crachá.
Conheça outras atribuições dos agentes no enfrentamento ao Aedes aegypti:
– Informar o responsável pelo imóvel não residencial sobre a importância da verificação da existência de larvas ou mosquitos transmissores da dengue;
– Vistoriar e tratar os imóveis cadastrados e identificados pelo agente comunitário de saúde (ACS) que necessitem do uso de larvicidas ou remoção mecânica de difícil acesso, que não possam ser eliminados pelo ACS;
– Elaborar e executar estratégias para o encaminhamento das pendências (casas fechadas ou recusas do morador em receber a visita);
– Orientar a população sobre a forma de evitar locais que possam oferecer risco para a formação de criadouros do mosquito;
– Promover reuniões com a comunidade, com o objetivo de mobilizá-la para as ações de prevenção e controle da dengue;
– Notificar os casos suspeitos de dengue, informando a equipe da Unidade Básica de Saúde;
– Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação da dengue, conforme a estratégia local;
– Participar de reuniões com autoridades e a comunidade.
Monitoramento e prevenção
O Ministério da Saúde realiza constante monitoramento do aumento de casos da doença no Brasil. Já em 2023, o órgão promoveu campanhas de mobilização social regionalizadas, a normalização de estoques de inseticidas e apoiou medidas de prevenção e controle com o repasse de R$ 256 milhões para todo o país. Parte desse recurso será destinado ao fomento de ações de vigilância em saúde.
Pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos são mais suscetíveis às complicações da dengue, chikungunya e zika. Caso tenha um desses perfis, os cuidados de combate ao mosquito devem ser redobrados.
Confira alguns cuidados:
– Mantenha a caixa d’água bem fechada;
– Guarde pneus em locais cobertos;
– Limpe bem as calhas de casa;
– Amarre bem sacos de lixo e não acumule entulho;
– Esvazie garrafas PET, potes e vasos;
– Coloque areia nos vasos de planta;
– Receba bem os agentes de saúde e de endemias. Eles fazem um trabalho fundamental no combate ao mosquito.
Em caso de sintomas, procure uma unidade de saúde e não tome remédios por conta própria.
Ministério da Saúde