O rio corre lentamente
O sol se põe e descansa
Por trás do imenso verde
Das árvores da Amazônia.
As aves se recolhem no
Silêncio da noite cálida,
É noite de verão
As águas vivem a calmaria
Da noite, elas também
Dormem ao som das gaivotas
Que se debruçam sobre o
Rio até o romper da aurora.
O grande rio desperta, é o amanhecer,
As águas barrentas se harmonizam
Com o verde da mata misteriosa e
O azul do firmamento, devolvendo
Ao homem a luz que queima,
Que arde e faz a paisagem cintilar.
Quantas saudades das águas
Que correm, se encontram e se
Desencontram nos canais vivos
De nossos rios, e, no sobe
E desce, leva o homem aos
Seus mais esperados encontros.
(Maria Eunice Torres do Nascimento)
O tempo registra de forma indelével a sua permanência na paisagem singela contornando o rio de águas barrentas e a canoa inerte…