Numa sociedade dominada pelo patriarcado tacanho e excludente, a presença de Dionísia Campos na superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária no Amazonas é um alento para o espírito regado pela esperança de um mundo mais justo e igualitário.
Não é somente a primeira mulher a assumir como superintendente do MAPA no nosso estado, mas é a primeira mulher a assumir um cargo de governança na agricultura do Amazonas.
Não lembro se a secretaria estadual de produção rural do estado já teve uma secretária. No Mapa, é a primeira vez.
O certo é que temos um espaço público fundamental para a promoção de políticas públicas voltadas para a agricultura sob a gestão de uma profissional com profundo compromisso com a Amazônia.
Dionísia deixou isso claro no seu discurso de posse.
O agronegócio precisa ser desenvolvido e apoiado na condição de um segmento produtivo e econômico associado à matriz do desenvolvimento sustentável e no campo social, que tenha a perspectiva de atender as demandas da população que precisam de alimento nas suas mesas.
Dionísia, o “espírito que fecunda o dia e a noite, o céu e as águas” é uma mulher amazônica, que construiu sua vida nos braços do povo trabalhador do São José Operário. Foi ali que sua alma recebeu as cores vivas do nosso povo.
Médica veterinária, com mestrado em sanidade e produção animal nos trópicos, Dionísia está no lugar certo, no momento certo e pronta para revolucionar um setor carente de ousadia e inovação.
Será uma gestão de coragem e determinação para combater a fome e promover uma agricultura de baixo carbono e voltada para a produção de alimentos saudáveis para o nosso povo.
Ela já chegou mudando e assim será sua administração. A mulher amazônica tem a intrepidez e a competência necessária para imprimir qualidade e eficiência na construção das políticas públicas para nossa gente.
Lúcio Carril
Sociólogo.