A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), registrou um aumento nos números de medidas protetivas solicitadas pelas vítimas de violência doméstica no município. Nos quatro primeiros meses de 2024, 159 medidas protetivas foram solicitadas, 77 a mais em comparação ao mesmo período do ano de 2023.
Conforme estatísticas feitas pela DEP de Parintins, em 2023, a delegacia registrou, em janeiro 21 pedidos; assim como fevereiro; e em março e abril, 18 e 22, respectivamente. O total foi 82 pedidos.
Já em janeiro deste ano 47 medidas protetivas foram solicitadas; em fevereiro foram 38 e em março e abril foram 36 e 38, respectivamente. Totalizando 159 pedidos de medidas protetivas. Os números apontam um aumento de 77 pedidos em comparação ao mesmo período do ano passado.
O delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, destacou que o aumento das medidas protetivas para mulheres e a eficácia no combate aos agressores, são em decorrência do trabalho exemplar da Delegacia Especializada de Parintins.
“Por meio de um trabalho consistente, a delegacia ganhou a confiança da comunidade, criando um ambiente de apoio e compreensão sobre a importância das medidas protetivas. Este esforço conjunto resulta em uma maior segurança e bem-estar para as mulheres parintinenses”, enfatizou.
A delegada Marna de Miranda, titular da DEP de Parintins, explica que o aumento é fruto de um trabalho preventivo realizado pela equipe policial da delegacia, na zona urbana e zona rural de Parintins, para que a população da ilha Tupinambarana tenha acesso ao papel da unidade policial.
“Fazemos palestras em escolas e faculdades, para levar informações sobre a rede de enfrentamento à violência doméstica. Falar abertamente sobre o assunto entrevistas nos meios de comunicação também é uma forma de expandir informações sobre o crime de violência doméstica, sobre os mecanismos de defesa”, disse.
A delegada esclarece, ainda, que o aumento das medidas está relacionado diretamente à expansão do conhecimento das mulheres, adquirido a partir do trabalho de conscientização sobre os mecanismos de defesa que estão à disposição delas.
“Também está relacionado ao atendimento célere e positivo, como o número de prisões e a presença da equipe nas instituições de saúde e educação. Isso tudo aumenta a credibilidade no trabalho da Polícia Civil no município”, falou.
Marna também enfatiza que a medida protetiva não é punição do agressor, mas sim uma proteção para as vítimas. Entretanto, a ordem judicial só é eficaz se houver fiscalização do seu cumprimento.
“Em Parintins isso é uma das nossas prioridades. Se soubemos que o autor descumpriu a medida protetiva que a vítima veio à delegacia solicitar, para que haja paz para aquela mulher, logo representamos pela prisão preventiva deste homem. Assim como, também, saímos em campo para captura-lo em flagrante”, ressaltou