A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar promoveu, nesta quarta-feira (08/05), a “Socialização Scratch”, uma atividade de exposição das principais iniciativas desenvolvidas pelos professores da rede a partir da plataforma “Scratch”. Com transmissão ao vivo do Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam), 12 escolas compartilharam suas atividades para profissionais da educação de todo o Amazonas.
A “Scratch” é uma ferramenta sobre linguagem de programação criada por um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), universidade americana. A plataforma tem como objetivo ensinar a lógica da programação para crianças e adolescentes. Nos últimos dois anos, a Secretaria de Educação, por meio do Cemeam, tem realizado encontros formativos com todas as Coordenadorias Distritais de Educação (CDEs), além de municípios do interior.
Além da transmissão ao vivo pelo Cemeam, que pode ser reassistida por meio do link http://bit.ly/SocializaçaoScratch, a socialização também foi transmitida na televisão, pelos canais da TV Encontro das Águas e TV Tiradentes.
Dinâmicas formativas
Desde 2022, a Gerência de Tecnologias Educacionais (GTE), do Cemeam, tem desenvolvido um calendário ativo de ações formativas sobre a plataforma Scratch, que envolve cursos ministrados do nível básico ao avançado. Em 2024, a GTE prevê, para o mês de junho, a rodada de oficinas anuais em cada CDE, com a participação dos professores.
As escolas que já tiveram representantes nos anos anteriores serão enquadradas nas formações de nível avançado, enquanto que as estreantes receberão o curso de nível básico, com os conceitos básicos da linguagem de programação em blocos, e o incentivo à prática do conteúdo assimilado, por meio da resolução de exercícios e projetos de criação de animações, jogos e histórias interativas.
O estímulo à prática em sala de aula resultará, posteriormente, em outro momento de socialização com os projetos destaques de 2024. Nos últimos dois anos, as formações do Cemeam alcançaram 375 professores da rede estadual de ensino, que representavam mais de cem escolas estaduais.
Destaques
Entre os projetos destacados neste primeiro momento de socialização, a iniciativa da professora Thays Falcão, da Escola Estadual (EE) Professora Hilda de Azevedo Tribuzy, na zona norte de Manaus, chamou atenção pelo aspecto da inclusão social. Na sala de recursos da unidade de ensino, a docente da Educação Especial desenvolveu, com alunos autistas e de outras deficiências intelectuais, jogos pedagógicos sobre educação ambiental e matemática.
Com a temática de educação ambiental, a professora, junto com os estudantes, desenvolveu um jogo que simula uma floresta poluída. Com a coleta dos lixos, o jogador recebe pontos e avança no jogo. Já no âmbito matemático, a equipe construiu um desafio de multiplicação, em que os alunos precisam acertar os resultados da operação matemática. A atividade na sala de recursos alcançou estudantes de todo o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano).
“A facilidade deles (alunos) com a tecnologia nos surpreende e não tivemos dificuldades de desenvolver as atividades. A plataforma facilita o processo de ensino e aprendizagem porque trabalhamos de maneira lúdica e divertida, o que desperta interesse”, destacou a professora.
Ferramenta abrangente
Já na EE Professor Rofran Belchior da Silva, zona leste da capital, outro destaque que compôs a socialização desta quarta-feira foi a iniciativa do professor Daniel Batista. Ao desenvolver, com alunos de Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), jogos interativos sobre os tipos de energia na Física, o professor mostrou que a ferramenta “Scratch” pode atender a todos os públicos educacionais, desde o Ensino Fundamental, até o Ensino Médio, sem distinção entre estudantes do ensino regular e da EJA.
“Nós buscamos desenvolver, enquanto prática, a correlação dos assuntos que estudamos em sala de aula com as possibilidades do Scratch. O mundo em que vivemos também é digital e levar isso para a sala de aula ajuda a estimular o protagonismo estudantil”, enfatizou o professor, que ministra a matéria de Física.
A iniciativa também foi bem aceita pelos estudantes da unidade de ensino. De acordo com o ex-aluno, Luciano Carvalho, que concluiu o Ensino Médio em 2023, a experiência foi dedutiva.
“Até o Scratch, nunca tinha tido contato com programação. Foi incrível. E, mesmo sem conhecimento de programação, foi fácil e rápido de aprender, porque a plataforma é dinâmica. Para mim, foi uma experiência muito positiva”, compartilhou Luciano.