Os representantes das prefeituras do interior do Amazonas e das coordenações nacional e estadual do Programa de Controle do Tabagismo reuniram-se, nesta quarta-feira (15/05), na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), para discutir as ações voltadas para a sustentabilidade do programa. A reunião contou com a presença do diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão, e representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
O Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) é uma ação do Ministério da Saúde (MS), por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), desenvolvido há 20 anos. O objetivo do programa é reduzir a prevalência de fumantes e as mortes relacionadas ao consumo do tabaco. No Amazonas, as ações são desenvolvidas na FCecon.
Segundo o coordenador estadual do Programa de Controle do Tabagismo no Amazonas, Aristóteles Alencar, o estado obteve resultados excelentes em nível nacional, ficando em 3º lugar no número de pessoas que cessaram o consumo do tabaco. Ele disse que a vinda da equipe do Inca também visa entender as ações que viabilizaram os bons índices obtidos.
“O Inca escolheu o estado por ter apresentado os menores índices nacionais, apesar da dimensão geográfica e das dificuldades logísticas, sendo modelo a ser replicado para outras localidades. Foram vários os fatores que contribuíram para o sucesso, por exemplo, a atuação da FCecon na disseminação de informações à população, o trabalho em conjunto com as Secretarias Municipal e Estadual de Educação (Seduc e Semed), na promoção de eventos com as crianças, e etc”, disse Alencar.
Realidades regionais
De acordo com a psicóloga da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Vera Borges, atualmente, o projeto encontra-se na segunda fase. Ela disse que o programa visa avançar tendo em vista outras localidades, e frisou que a ideia é entender as especificidades regionais para poder levar saúde à população.
“A reunião tem como objetivo juntar esforços de instituições e pessoas para o fortalecimento e sustentabilidade do programa. A ideia é sensibilizar os representantes dos municípios sobre os custos da problemática do tabagismo no adoecimento e em vidas perdidas, por exemplo, que custa ao país R$ 125 bilhões, enquanto arrecadamos de impostos 10% do valor. A conta não fecha”, lamentou.
Acesso à saúde
Os consultores do Inca, Lucas Cabral e Érica Cavalcante, reiteraram os esforços do Ministério da Saúde, por meio do Inca, com os representantes locais, para garantir o acesso à saúde à população e a diminuição no consumo do tabaco. “Queremos aprender e compreender para qualificar e sistematizar as políticas públicas, que são realizadas pelo MS e Inca”, pontuou Cabral.
De acordo com Cavalcante, o projeto é desenvolvido dentro de uma lógica de sustentabilidade para o fortalecimento das ações de controle de tabaco no território nacional. “A saúde tem limitações orçamentárias, por este motivo iniciamos em cinco estados, um de cada região. Agora, por meio de conversas com as coordenações estaduais, queremos conhecer suas fragilidades e potencialidades, bem como trabalhar juntos para avançar nas ações de cessação do tabagismo”, disse Cavalcante.
Treinamento
À tarde, a equipe do Inca, juntamente com os parceiros locais, promove um encontro com os profissionais que atuam no atendimento àqueles que desejam parar de fumar. Será falado sobre prevenção ao tabagismo, ambiente livre de tabaco e tratamento quanto ao uso do cigarro eletrônico.