A agenda promove a troca de experiências entre os participantes, contribuindo de modo positivo para a cooperação nacional e internacional no combate ao crime
Apoiando as iniciativas de combate ao crime organizado, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), esteve presente na reunião do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), realizado nesta quinta-feira (16) na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), reunindo representante dos Ministérios Públicos de todo o País.
Com intuito de debater estratégias de atuação e avançar quanto ao fortalecimento do grupo, vinculado ao Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), a agenda promove ainda a troca de experiências entre os participantes, contribuindo de modo positivo para a cooperação nacional e internacional no combate ao crime organizado.
Na leitura do Defensor Público Geral do Amazonas, Rafael Barbosa, a coletividade é de fundamental importância para uma atuação efetiva contra o crime que, geralmente, costuma captar e angariar as pessoas mais carentes e sem estrutura. Embora a pauta não seja uma luta direta da instituição, ele ressalta como a Defensoria, na medida das suas possibilidades, sempre dará apoio às iniciativas que tragam segurança para a população e para a sociedade.
“Muitas vezes, as vítimas do crime organizado são pessoas marginalizadas de baixa renda que não possuem os recursos financeiros ou operacionais para fazer frente às organizações criminosas, sendo exatamente nesse ponto que a Defensoria, como instituição voltada à defesa dos vulneráveis, pode oferecer sua maior contribuição, servindo como porta de entrada e de socorro aos necessitados. A Defensoria Pública também desempenha o papel estratégico na promoção da justiça restaurativa e na reintegração social de indivíduos que, em razão do envolvimento precoce com a criminalidade, podem acabar sendo cooptados por essas organizações”, declarou o defensor.
Pautas
O Sistema Penitenciário Federal, a manipulação de resultados em competições esportivas e o tráfico de drogas na fronteira também foram alguns dos tópicos discutidos durante o evento que encerra nesta sexta-feira (17).
Responsável por promover a primeira reunião presencial com todos os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECOs) do País, o procurador-geral de Justiça do Amazonas (PGJ), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, que ressaltou que a reunião “é um grande passo rumo ao estreitamento de laços e alinhamento de estratégias de combate ao crime organizado”. “Nestes dois dias, nossa expectativa é de que saiamos ainda mais preparados para o enfrentamento deste mal que prejudica o desenvolvimento do país há tanto tempo”, afirmou o procurador-geral.
Na ocasião, Alberto Rodrigues também fez a passagem simbólica da presidência do GNCOC para o procurador-geral do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro do Nascimento.
O procurador-geral do Acre falou sobre a realidade que envolvem as questões relacionadas às organizações criminosas na região.
“O problema das organizações criminosas na região Norte é um problema que eu conheço bem de perto. Sou procurador-geral de Justiça do Acre, nós vivemos também num estado de fronteira que, durante muito tempo, tem sido cooptado pelas organizações criminosas, porque também é rota de tráfico e diversos outros delitos que acontecem nessa região. É uma série de questões que devem ser tratadas aqui nessa reunião, envolvendo os coordenadores e membros dos Gaecos de todo o Brasil e tratando desse tema. Temos que definir estratégias de atuação, sempre reforçar a atuação integrada, não só entre os Gaecos, mas também com os órgãos de segurança pública de todo o País”, definiu o procurador.
O conselheiro nacional do MP Jaime Miranda, a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Administrativos do MPAM, Lílian Maria Pires Stone, e o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/AM), promotor de Justiça Igor Starling, foram alguns dos nomes que também participaram da abertura do evento.