A morte de 11 tartarugas marinhas em uma só noite, pelas mãos de pescadores no Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, chocou um grupo de estudantes de oceanografia que pesquisavam no local, em 1977. Três anos depois, em 1980, nasceu, desta tragédia ambiental, um dos maiores e mais longínquos projetos de preservação animal do mundo: o Tamar. Neste 23 de maio, Dia Mundial da Tartaruga, o Ministério do Turismo destaca a importância deste trabalho, não apenas pela conservação e pesquisa sobre as tartarugas marinhas, como também pelo impulsionamento que a organização gera para o turismo.
Já consolidada na luta pela preservação desta espécie, a Fundação Projeto Tamar deu início, em 2001, aos Centros de Visitantes, que ficam nas regiões litorâneas com potencial turístico e recebem atualmente 1 milhão de turistas por ano. Estes espaços estão localizados na Praia do Forte (BA), em Florianópolis (SC), Fernando de Noronha (PE), no Oceanário de Aracaju (SE), em Ubatuba (SP) e em Vitória (ES).
Segundo a organização, “eles funcionam como núcleos de sensibilização e educação ambiental, além de oferecerem lazer, entretenimento e serviços. Junto com as lojas, são estruturas fundamentais de geração local de emprego e renda”. Somando os Centros de Visitantes ao restante da estrutura do Tamar presente em oito estados, o projeto emprega cerca de 1,8 mil pessoas.
ATRAÇÕES – Os turistas que visitam as dependências do Tamar têm a oportunidade de conhecer também os museus que mostram o trabalho feito por mais de 40 anos em prol das tartarugas. As visitas guiadas ajudam os visitantes a compreenderem a importância destes animais para todo o ecossistema dos oceanos. Afinal, elas influenciam outros animais marinhos. “Peixes, crustáceos, moluscos, esponjas e medusas dependem delas para viver, assim como as formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais, de recifes e de ilhotas”, explica um estudo feito pelo Tamar.
Como a Fundação Projeto Tamar é uma organização sem fins lucrativos, os valores arrecadados com os serviços turísticos são destinados para a continuação do trabalho em prol de cinco espécies de tartarugas marinhas presentes no Brasil. Os resultados ao longo destes mais de 40 anos são animadores, como a tendência de recuperação das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas, com uma delas permanecendo estável, e em média 25 mil ninhos protegidos a cada temporada de desova.
No dia dedicado a este animal tão especial para o ecossistema, é importante lembrar que, além das tartarugas marinhas, o Brasil também possui em seus biomas outras variedades: a tartaruga terrestre, que chamamos popularmente de jabuti, e as tartarugas que vivem na água e na terra, que são mais conhecidas como cágados. Que saibamos cada vez mais o valor destes bichos para a sobrevivência da espécie e de outras tantas.
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Ministério do Turismo