O Ministério da Educação (MEC) promoveu, na terça e quarta-feira, 18 e 19 de junho, uma reunião técnica sobre formação continuada e pós-graduação em alfabetização. Estiveram presentes representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de diferentes secretarias do Ministério, além de professores e pesquisadores da área das Universidades Federais do Amapá (Unifap), de Pernambuco (UFPE), de Minas Gerais (UFMG), de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O foco do encontro foi o permanente diálogo com universidades, centros de pesquisa e associações que são referências em formação docente para o ensino e a aprendizagem da leitura e escrita. A formação continuada em alfabetização na pós-graduação é uma demanda de professores dos anos iniciais da educação básica das redes públicas de ensino do País por mais qualificação profissional. Com isso, visam à melhoria das ações pedagógicas em sala de aula e à diversificação de estratégias para o acompanhamento do processo de alfabetização nas suas diferentes dimensões.
Na oportunidade, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que a Pasta vem trabalhando de forma sistêmica na pós-graduação com ênfase na educação básica. “Esperamos que os cursos de pós-graduação em alfabetização tenham como foco a aprendizagem e a equidade, numa perspectiva de cuidado com o meio ambiente e a pedagogia das emergências”, pontuou.
Já segundo Francisca Maciel, professora da UFMG, a formação continuada por meio da pós-graduação em alfabetização é um desafio histórico e permanente. Para a educadora, é “fundamental ampliar a qualificação dos professores e professoras da educação básica que atuam com a alfabetização e letramento”, assim como “estimular a produção de conhecimentos voltados para o fazer da sala de aula com a proposta de construção de materiais didáticos e recursos educacionais”.
Lourival Martins Filho, diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação da Secretaria de Educação Básica (SEB), ressaltou que as propostas de cursos de pós-graduação em alfabetização precisam ter, como premissa principal, a prática alfabetizadora. “Crianças, jovens, adultos e idosos precisam ser bem alfabetizados; então, a formação continuada precisa ser qualificada para que o docente alfabetize. É fundamental favorecer a melhoria do desempenho do professor em sala de aula, tanto em termos de conteúdo como em relação às estratégias relevantes ao processo de alfabetização”, afirmou.
Os professores Luiz Lira e Carlos Rezende, da Diretoria de Educação a Distância da Capes, informaram que, com o Edital nº 25/2023, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior fomentará novas vagas em cursos de pós-graduação lato sensu no tema. Uma especialização em alfabetização vai contribuir para a formação de 2.700 professores em todo o território nacional. O resultado do edital poderá ser conferido na página da Capes, no dia 21 de junho de 2024.
Assessoria de Comunicação Social do MEC