A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou, por unanimidade, a incorporação de dois medicamentos para o tratamento do citomegalovírus – infecção oportunista que pode afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV ou aids. A inclusão dos remédios ganciclovir e valganciclovir foi solicitada pelo Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi).
A infecção por citomegalovírus atinge, principalmente, a retina e o aparelho digestivo, podendo também afetar os pulmões, fígado, vias biliares e o sistema nervoso central. Embora o ganciclovir seja um antiviral utilizado há muito tempo, ainda não fazia parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), instrumento orientador do uso de medicamentos e insumos no SUS.
Já o valganciclovir constitui um importante avanço no tratamento e profilaxia secundária da retinite por citomegalovírus, pois é possível fazer uso oral. Assim, a pessoa vivendo com HIV ou aids pode ser tratada em seu próprio domicílio, sem necessidade de internação hospitalar para a realização de medicamento intravenoso. Além disso, a medicação pode melhorar a adesão à profilaxia secundária, evitando a reincidência da doença, e reduz o risco de efeitos adversos relacionados à punção venosa.
Para o coordenador-geral de Vigilância de HIV e Aids do Dathi (CGHA/Dathi), Artur Kalichman, essa é uma importante estratégia para a melhoria na qualidade de vida da população que vive com HIV ou aids. “O compromisso da atual gestão é se apropriar das ferramentas adequadas para garantir que as pessoas com HIV possam viver mais, e viver de forma saudável”.
Dathi