A estratégia da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) no enfrentamento à fumaça como fator de risco para a saúde no Amazonas foi compartilhada, na quarta-feira (30/10), no 2º Encontro “Monitoramento do Ar na Amazônia”, na Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O evento é uma parceria entre o Instituto Ar, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e UEA. O objetivo da iniciativa é evidenciar a relevância da temática de qualidade do ar na região, apresentar iniciativas locais, além de explorar o uso de tecnologias para esse monitoramento. O encontro segue até esta quinta-feira (31/10).
Na quarta-feira, a FVS-RCP evidenciou as ações de Saúde frente à fumaça no estado. A diretora-presidente da Fundação, Tatyana Amorim, destacou a relevância da iniciativa. “Esse espaço é estratégico por proporcionar diálogo entre diferentes esferas, considerando os impactos climáticos que temos enfrentado a partir das mudanças climáticas. É fundamental a ação colaborativa, em discussão aprofundada, que ajuda a fortalecer as políticas públicas”, ressaltou.
Responsável pela apresentação, o diretor de Planejamento, Emergências em Saúde Pública e Ações Estratégicas da FVS-RCP, Augusto Zany, enfatizou que a atuação inclui ação conjunta entre vigilância em saúde, assistência à saúde, além de outras instituições, como secretarias municipais de saúde, comitês, grupos de trabalho e Defesa Civil municipais e do Estado.
“A vigilância e resposta de saúde inclui, de forma integrada, estratégias de controle alinhadas aos dados relacionados aos casos de doenças respiratórias, incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave e internações hospitalares”, disse Augusto. Entre as ações está a emissão, em setembro, da Nota Técnica Conjunta nº 047/2024 com orientações sobre vigilância, monitoramento e prevenção de doenças possivelmente relacionadas com a exposição à fumaça.
“O monitoramento da qualidade do ar orienta medidas relativas à concentração de poluentes. A informação em relação a essa concentração é necessária para estimarmos os impactos da exposição aos poluentes e para comunicar os riscos à população. É importante que haja esse tipo de evento para que formas e estratégias de monitoramento sejam compreendidas, debatidas e efetivadas”, enfatizou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Eliane Ignotti.
Encontro
A programação do 2º Encontro “Monitoramento do Ar na Amazônia” inclui abordagens e debates sobre gestão governamental das emissões atmosféricas e do clima, a experiência dos órgãos ambientais estaduais no monitoramento do ar e a importância desse monitoramento para a saúde.