Mais de 270 alunos do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Áurea Pinheiro Braga, na zona oeste de Manaus, foram os protagonistas do aprendizado de uma atividade proporcionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por meio do projeto “STF na Escola”, os discentes tiveram contato com noções de cidadania, direitos, deveres e ordenamento social a partir da comitiva da Suprema Corte.
Com abrangência nacional, o projeto do STF acontece desde fevereiro de 2023 e visa explicar, para os estudantes de todo o país, o papel também da democracia e Constituição Federal. O encontro em Manaus, aconteceu na sexta-feira (1º/11). De acordo com Edilene Pinheiro, secretária executiva-adjunta da Capital da Secretaria de Educação, o tema deve ser bastante disseminado.
“Também formamos cidadãos, então é uma honra receber a comitiva do STF em nossa escola para debater sobre isso. Foi uma atividade muito proveitosa”, ressaltou a secretária.
Cronograma
Em recepção à comitiva da Suprema Corte, liderada pela juíza-ouvidora do STF, Flávia Martins, os alunos do Ceti Áurea Pinheiro dramatizaram o poema “O Navio Negreiro”, de Castro Alves, em alusão às reflexões do mês da consciência negra. Depois da reflexão sobre o racismo na sociedade brasileira, foi a vez da juíza propor um momento de reflexão.
“A gente conversa sobre os direitos e deveres fundamentais para que esses jovens sejam nossos aliados na defesa da Constituição e da democracia. Eles são nossos aliados visando um futuro melhor, por isso buscamos esse caminho”, destacou a juíza-ouvidora do STF.
Entre os alunos participantes, Caio Javan, 17, enfatizou sobre o aprendizado de algumas noções democráticas das quais ele ainda não tinha acesso. O momento, de acordo com o estudante, foi importante também para os seus colegas.
“É sempre bom saber sobre as leis do nosso país, sobre como podemos correr atrás dos nossos direitos, reivindicar aquilo que é nosso. É só com essa consciência coletiva que construímos um país melhor”, compartilhou o aluno.
O STF na Escola já esteve nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Além da dramatização do poema de Castro Alves, os estudantes do Amazonas também apresentaram, no encerramento, uma coreografia simulando um ritual indígena, embalado pelo ritmo do boi-bumbá amazonense.
A visita foi organizada em parceria com a juíza Rebeca de Mendonça Lima, titular do Juizado da Infância e da Juventude Cível de Manaus e juíza auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e com a Secretaria de Educação e Desporto Escolar do Amazonas.
