A Fundação Estadual dos Povos Indígenas (Fepiam) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizaram uma reunião nesta terça-feira (19/11), que teve como objetivo firmar um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento do artesanato e moda indígena no Amazonas.
A parceria entre as duas instituições visa a promoção do empreendedorismo entre os artesãos e a ampliação das oportunidades de mercado para suas produções culturais. Esse foco fortalece a cadeia produtiva, oferecendo suporte para a capacitação e promoção de produtos autênticos do povo originários.
A iniciativa tem como uma de suas principais metas incentivar o empreendedorismo indígena, proporcionando aos artesãos ferramentas e conhecimentos para gerenciar seus negócios de forma sustentável e lucrativa.
Além disso, o acordo busca auxiliar na exportação de matérias-primas culturais, permitindo que as produções indígenas atinjam o mercado nacional e internacional.
O diretor técnico da Fepiam, Joabe Leonam, ressalta que com essa parceria, as peças, que são reflexos da identidade e da história de cada povo, passam a ser vistas não apenas como produtos, mas como símbolos de resistência e inovação.
“Isso não só amplia a visibilidade da cultura indígena, mas também contribui diretamente para o aumento da economia local e para a geração de renda para as comunidades indígenas”, destaca.
A analista e gestora do artesanato do Sebrae, Lilian Silvia Simões, destaca a importância do projeto para o desenvolvimento econômico das comunidades indígenas do Amazonas.
“Ter um projeto como esse, tanto impulsiona e desenvolve os artesãos no setor econômico, como cria autonomia na questão do empreendedorismo indígena”, avalia a gestora.
Com o apoio do Sebrae, a Fepiam pretende criar estratégias para fomentar a sustentabilidade no setor de artesanato e moda indígena, por meio da utilização de materiais naturais e técnicas tradicionais que respeitam o meio ambiente.
O projeto busca equilibrar a preservação cultural com o desenvolvimento econômico, criando um ciclo virtuoso de valor agregado às peças, ao mesmo tempo em que fortalece a identidade e a autonomia das comunidades indígenas do Amazonas.