Zuckerberg, o vilão da infâmia e do ódio

Zukcerberg não é apenas o senhor das big techs do século XXI. Ele é um Lord Voldemort à procura de destruir a verdade.

Na semana passada, Mark Zuckerberg anunciou como nova política da sua empresa, a Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, o encerramento do programa de verificação de notícias falsas e a redução do controle contra discurso de ódio.

Com essa medida, passa a formar dupla com Elon Musk, o bilionário infame que acha que é o Coringa, e se alia ao recém-condenado e eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A turma de vilões está formada.

Tudo poderia parecer um filme de aventura ou ficção, com personagens satíricos, pueris e admirados por milhões de espectadores, se não fosse real e ameaçador.

As redes sociais tomaram conta da vida dos indivíduos, em razão da necessidade humana de comunicação. Com elas, a comunicação tirou o interlocutor da condição de passividade e passou a ser sujeito ativo, em diálogos reais, seja com outro indivíduo ou com um robô, criado e programado por outro indivíduo.

Não é possível voltar atrás nessa relação dinâmica, mas é preciso ter um controle sobre sua política.

Permitir que as big techs determinem que as redes sociais sejam espaços virtuais de promoção de ódio, crimes e mentiras é decretar o fim do processo civilizatório e a instauração de uma nova barbárie, com o uso da Inteligência Artificial.

A infâmia que regula o caráter dos Lord Voldemort das big techs e seus comensais da morte de extrema direita não pode se tornar uma política de domínio das redes sociais e da comunicação de massa. Isso seria o fim do pouco de respeito e tolerância que a humanidade construiu.

O que está em jogo não é a liberdade de expressão, mas o fim dela, com o domínio absoluto de meia-dúzia de bilionários metidos a Lex Luthor. A liberdade de expressão é um valor da democracia e não espaço de promoção do terror e da desinformação.

Permitir a mentira, a disseminação do ódio e a propaganda a favor do crime para aumentar engajamento e o capital da sua empresa revela o risco que a ganância dos donos das big techs representa para a humanidade.

No Brasil, a extrema direita vem impedindo a tramitação do marco regulatório da internet no Congresso Nacional, pois é das fake news que ela vive e engana o povo brasileiro, mas a sociedade civil precisa se mobilizar e garantir a liberdade de expressão como valor da democracia e não do capital.

Lúcio Carril 
Sociólogo

By Portal Arrasta pra cima

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