O Seminário Internacional Desafios Convergentes de Transição Energética: Espanha e Brasil colocou em discussão a importância da cooperação bilateral para os avanços tecnológicos do setor e o papel da COP30 na agenda energética global. O fórum contou com a participação da Secretaria do Novo PAC da Casa Civil e destacou a contribuição do programa para a utilização de energias renováveis no país.
O evento foi promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (GESEL) em parceria com a Fundação Conselho Brasil-Espanha, em Madri.
“O Novo PAC tem um eixo de Transição e Segurança Energética, por isso, a nossa participação no seminário demonstra o interesse do programa em conhecer melhor essa tecnologia das usinas reversíveis e o que elas podem promover”, afirmou Sérgio Luis da Silva Cotrim, gerente de projetos da Secretaria Especial do Novo PAC na Casa Civil, que esteve presente no seminário.
As usinas hidrelétricas reversíveis consistem em empreendimentos capazes de gerar energia elétrica e armazenar energia hidráulica em reservatórios, por meio de turbinas especiais que operam como geradores ou como bombas hidráulicas, dependendo das necessidades operacionais do sistema elétrico. É uma tecnologia utilizada para armazenar a energia elétrica gerada em parques eólicos e solares quando não há muita demanda para ser usada, nos dias e horários de menor consumo.
“No seminário, foram apresentados os aspectos positivos da tecnologia para o cenário nacional e como o Brasil pode se tornar um país atrativo para novos investimentos em usinas hidrelétricas reversíveis, tendo em vista suas condições favoráveis de um sistema elétrico interligado e dos recursos hídricos associados ao relevo com grandes desníveis”, explicou Cotrim. Atualmente, não existem usinas hidrelétricas reversíveis instaladas no Brasil, mas o potencial do país é promissor para futuros empreendimentos, visto que, o Governo Federal tem investido em Energias Renováveis.
O seminário também debateu a importância da implementação de fontes de energia com menor impacto ambiental, destacando o compromisso de ambas as nações para a cooperação por um sistema energético mais sustentável e resiliente. Os representantes compartilharam os desafios para impulsionar essas tecnologias em seus países.
O Novo PAC tem um investimento de R$ 666,3 bilhões para o eixo Transição e Segurança Energética, destes, R$ 97,9 bilhões são aplicados para geração de energia nas modalidades: eólica, fotovoltaica, hidrelétrica, pequenas centrais hidrelétricas, térmica a gás, térmica nuclear e térmica renovável.
