Alunos da Eeti Cônego Azevedo participam de feira cultural dedicada aos povos indígenas brasileiros

Além de conhecerem personalidades indígenas, os discentes também aprenderam diversos elementos constitutivos do modo de vida dos povos originários

Mais de 150 alunos do Ensino Fundamental I (1º ao 5º) da Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Cônego Azevedo, localizada no Centro de Manaus, protagonizaram, nesta quarta-feira (16/04), a 3ª edição da Feira dos Povos Indígenas da unidade de ensino. Com apresentações rotativas, os pequenos estudantes tiveram contato com músicas, danças, culinária, grafismos, lendas, literatura, instrumentos, artesanatos, vestimentas e rituais oriundos de diversos povos originários.

A idealização do evento ficou por conta da professora de Educação Física Araceli Nascimento. Araceli contou que o projeto nasceu da vontade de apresentar às crianças a história do povo brasileiro, há três anos. Agora, estabelecida no calendário anual da escola, a Feira dos Povos Indígenas passou a envolver toda a comunidade escolar, com a presença dos responsáveis dos discentes e também de lideranças indígenas, como a ativista Vanda Witoto.

“Contamos com toda uma mobilização na escola. Professores de todas as matérias contribuem com a organização dos temas a partir dos pontos de estudo possibilitados pelas suas respectivas disciplinas. Esse bom trabalho está possibilitando, inclusive, a gente receber personalidades aqui na escola. Ficamos muito felizes com a presença da Vanda”, destacou Araceli.

O evento ocorreu em alusão ao Dia Nacional dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado (19/04).

Reivindicação ancestral

Professora, ativista, poetisa, compositora e empreendedora, Vanda Witoto foi a primeira pessoa do Amazonas a ser vacinada contra o coronavírus. Engajada também no mundo político, Vanda compareceu à 3ª Feira dos Povos Indígenas levantando reflexões importantes sobre costumes e desafios dos povos originários brasileiros. e Desporto Escolar

“Fiquei com o coração cheio de alegria em estar aqui. De ver essas crianças, se mobilizando e se conscientizando sobre questões indígenas. Nossa luta é para que o debate seja feito para além das datas comemorativas, e que a Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino de história e cultura indígena e afro-brasileira na Educação Básica, seja respeitada na totalidade do ano letivo”, destacou Vanda Witoto, que é natural de Amaturá (distante 909 quilômetros de Manaus).

Aprendendo sobre respeito

Durante a preparação dos stands de apresentação da sua turma, o aluno Izaac Amador, 8, ficou responsável pela confecção e o estudo de alguns instrumentos musicais de origem indígena. O pau de chuva, o maracá e a flauta de uruá foram alguns dos instrumentos estudados por Izaac. Entretanto, de acordo com o discente, a principal mensagem do dia foi a de respeito aos povos originários.

“Eu aprendi que a gente não pode ‘fazer’ preconceitos com os negros, nem com as línguas indígenas, porque ninguém gostaria que fosse feito com a gente”, compartilhou Izaac.

FOTO: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Outras personalidades indígenas também foram abordadas durante a conversa com os estudantes. O escritor Daniel Munduruku, a artista Marciele Albuquerque, a liderança jovem Israel Hukat’i estão entre os personagens que tiveram suas atuações esmiuçadas em discussão com os discentes.


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By Portal Arrasta pra cima

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