Estado não é empresa, ministra Marina Silva

É certo que o senador Plínio Valério (PSDB-AM) não tem condições de debater com ninguém. É um bufão. Mas a Marina Silva dizer que a recuperação da BR-319 só serviria pra passear de carro é de uma grosseria sem tamanho.

Falou isso na CPI fajuta do senador fajuto.

Não é ignorância, pois ela sabe da importância da rodovia para o povo amazonenses e, principalmente, para dar cidadania às centenas de comunidades tradicionais que moram no entorno da estrada.

Dizer que a BR não tem importância econômica é uma falácia. Só o parque industrial de Manaus teve este ano um faturamento de 100 bilhões de reais.

Outra coisa: o Estado tem sim a obrigação de atender 4 milhões de brasileiros, assim como tem a obrigação de proteger o meio ambiente. O Estado não tem que fazer política pública com a condição de viabilidade econômica. Quem faz obra com esse viés é empresa.

O povo do Amazonas não está pedindo a abertura da estrada. Ela já existe há 47 anos e até hoje é usada para transporte de alimentos e de pessoas. É usada com muito sacrifício.

A recuperação da estrada passa pela necessidade da nossa economia, desde o transporte dos produtos do distrito industrial, passando por alimentos que chegam às mesas da nossa gente até o escoamento da produção da agricultura familiar.

Para se ter uma ideia, grande parte do tambaqui que comemos aqui vem de Rondônia. Uma viagem que deveria durar um dia, leva 5, fazendo encarecer o preço do peixe.

As comunidades de agricultores familiares, ribeirinhos, extrativistas, indígenas, que habitam o entorno da 319 sofrem muito para escoar seus produtos.

A estrada vai beneficiar gente pobre, trabalhadora. Rico vem de avião e helicóptero direto para suas fazendas.

Talvez se fosse para atender gente rica, a estrada já teria sido recuperada.

Marina mostrou mais uma vez que é contra a pavimentação da BR-319 por birra. Seus argumentos são falaciosos e grosseiros.

Lúcio Carril
Sociólogo

By Portal Arrasta pra cima

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