Residências da rua Araxá, no bairro Flores, ficaram alagadas após desabamento de muro do residencial Le Jardin, em dezembro.
A Defensoria Especializada em Interesses Coletivos (DPEIC) da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) realizou, nesta quinta-feira (18), uma audiência pública para tratar sobre medidas emergenciais a serem adotadas para garantir a segurança dos moradores da rua Araxá, no bairro Flores, que foram prejudicados por inundações decorrentes de obras do condomínio Le Jardin, em dezembro do ano passado.
À época do ocorrido, a pedido da Defensoria, a Justiça suspendeu as obras do residencial a fim de evitar novos danos aos moradores.
Participaram da reunião os moradores afetados, a equipe de Engenharia da DPE-AM, representantes da construtora Colmeia e o vereador Rodrigo Guedes. O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) também foi convidado, mas não enviou representante.
Na ocasião, as partes discutiram sobre a responsabilização da ocorrência, a identificação de medidas de contenção para evitar novos prejuízos e também as medidas de reparação, em razão dos prejuízos causados aos moradores, após muro da obra do residencial desabar e ocasionar alagação em residências e a perda de bens.
A moradora Suani Vieira disse que já havia informado sobre os problemas decorrentes da obra para a construtora. “Moramos na vizinhança há 40 anos e nunca havia ocorrido algo nessa magnitude. Desde o dia 11 de dezembro estive avisando a construtora sobre as ocorrências, até que no dia 25, no Natal, a situação se agravou. A situação era tão previsível que quando chove eu fico tensa, temerosa, com medo das piores coisas acontecerem”, comentou.
O defensor público Carlos Almeida, que acompanha o caso, explicou que a construtura se colocou à disposição para encontrar soluções para o caso. “Até semana que vem, dia 24, esperamos o posicionamento concreto a respeito da aceitação ou não de responsabilidade. Acredito que caminhamos em sentido positivo e isso faz com que o espírito de colaboração possa apresentar uma solução aos moradores, que é o mais importante”, afirmou.