A presença do público feminino no setor primário tem avançado ano após ano, o que confirma o protagonismo das mulheres no segmento, segundo o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam). São mais de 18 mil produtoras rurais assistidas pelo instituto, além de 252 servidoras comprometidas em levar Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) a todos os envolvidos nas atividades rurais.
São as agricultoras familiares, pecuaristas, pescadoras artesanais, meliponicultoras, extrativistas e tantas outras mulheres, incluindo as gerentes das Unidades Locais (UnLocs) e postos avançados do Idam, que têm ajudado a escrever a história das mulheres no segmento.
Entre essas mulheres está a gerente Local (UnLoc) Idam/São Sebastião do Uatumã, Kerolly Lopes, que conhece pessoalmente os obstáculos e conquistas da mulher no setor primário. Para ela, atuar no segmento é um ato de empoderamento feminino e uma grande conquista.
“Ser a gerente, mulher mais nova a ocupar tamanho cargo, é uma grande conquista em um setor ocupado, ainda, predominantemente por homens. Temos conquistado nosso espaço e é um privilégio caminhar, no Idam, lado a lado com agrônomas, técnicas e tantas outras mulheres da área de ciências agrárias em prol do setor primário, sem contar que nós, que atuamos na ‘ponta’, ainda temos a honra de sermos inspiradas pela força e resiliência das produtoras rurais”, disse a gerente.
Uma das titulares do ‘time’ de mulheres que compõem o setor primário amazonense está a agricultora Nilze dos Santos, que reforça a presença feminina no segmento. Ela, que é assistida pelo Idam, afirma que todas as produtoras rurais amazonenses são incansáveis. “Nós mulheres somos guerreiras e trabalhamos duro para garantir o sustento de nossas famílias. Além disso, temos feito muito e vamos fazer muito mais pela agricultura do nosso estado”, pontuou.
Participação com honras
A participação e contribuição das mulheres ao setor primário amazonense merece todas as ‘honras’, ressalta o diretor-presidente do Idam, Valderlei Alvino. “É importante lembrar que a mulher não se resume a um papel de coadjuvante, seja na agricultura familiar, pesca artesanal, pecuária ou demais atividades do segmento. Elas são chefes de família, empreendedoras e atendem as demandas do mercado com as próprias produções, onde lideram a atividade de forma exemplar”, relatou.
Alvino destaca também que o Idam não tem medido esforços para atender as demandas do público feminino, seja por meio de capacitação, serviços de ater e ações que impulsionem as atividades desempenhadas por cada trabalhadora rural. Ele lembra, ainda, o resultado de uma ação do instituto, na qual ficou confirmado o protagonismo das mulheres na agricultura familiar.
“O Idam atuou na logística de 7,5 toneladas de alimentos comercializados por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O detalhe é que os itens alimentícios foram produzidos exclusivamente por produtoras rurais de Amaturá, o que comprova o poder da mulher no setor primário local. Por isso, parabéns a todas as nossas produtoras rurais”, concluiu o diretor-presidente.