Instituições habilitadas poderão enviar propostas de projetos de carbono até 16 de janeiro de 2024
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), prorrogou por mais 60 dias o Edital nº 02/2023, para recebimento de Propostas de Projetos de Carbono, na modalidade de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), em Unidades de Conservação Estaduais.
Conforme o novo cronograma, as propostas poderão ser enviadas até o dia 16 de janeiro de 2024. A divulgação do resultado preliminar está prevista para o dia 27 de fevereiro do próximo ano.
O edital lançado em junho tem o propósito de promover a geração de créditos de carbono a partir da implementação dos projetos e expandir a capacidade de captar recursos por meio da comercialização desses ativos. A meta é investir os recursos obtidos nessas operações nas próprias UCs e incrementar o Fundo Estadual de Mudanças Climáticas (Femucs).
Para submeter propostas ao edital, empresas ou instituições devem estar habilitadas pela Sema como Agentes Executores de Serviços Ambientais, o que é feito por meio de chamadas públicas de habilitação. Com quatro editais finalizados, chega a 25 o número total de agentes habilitados para submissão dos projetos.
“A proposta é que, com esses projetos, o estado possa identificar e habilitar os créditos de carbono gerados pelas UC, com retorno de benefícios para as comunidades e para o fortalecimento da gestão ambiental como um todo”, explica o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Os agentes habilitados poderão fazer a submissão de propostas à Sema, para qualquer uma das 42 UC do estado, demonstrando, segundo padrões de certificação, sua contribuição para capturar ou reduzir emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Eles também devem seguir padrões internacionalmente reconhecidos, que permitam a captação de recursos via comercialização de créditos de carbono.
Nesta estratégia, 50% dos recursos captados por meio dos projetos devem aterrissar nas UC, com atividades de incentivo à cadeia produtiva, fortalecimento das Associações-Mãe, melhoria na infraestrutura e outras. Os outros 50% serão destinados ao Femucs, para melhorar as estruturas da gestão ambiental e, sobretudo, garantir a sustentabilidade financeira do Programa Guardiões da Floresta.